quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dogmas Marianos


A Virgindade Perpétua
O Dogma da Perpétua Virgindade se refere a que Maria foi Virgem antes, durante e perpétuamente depois do parto.
“Ela é a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho cujo nome será Emanuel” (Cf. Is., 7, 14; Miq., 5, 2-3; Mt., 1, 22-23) (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 55 – Concílio Vaticano II).
“O aprofundamentamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria inclusive no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo “longe de diminuir consagrou a integridade virginal” de sua mãe. A liturgia da Igreja celebra a Maria como a ‘Aeiparthenos’ a ‘sempre-virgem’.” (499-catecismo da Igreja Católica).

A Maternidade DivinaO dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus. Foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.). Algum tempo depois, foi proclamado por outros Concílios universais, o de Calcedonia e os de Constantinopla.
O Concílio de Éfeso, do ano 431, sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu:
“Se alguém não confessar que o Emanuel (Cristo) é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema.”
O Concílio Vaticano II faz referência ao dogma da seguinte maneira: “Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades”. (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 66).

A Imaculada Conceição
O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. O dogma foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus.
“Declaramos, pronunciamos y definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis.”

Dogma da Assunção
O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial.
Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus:
“Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espíritu da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência;
para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e con a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu”
Agora bem, Porquê é importante que os católicos recordemos e aprofundemos no Dogma da Assução da Santíssima Virgem Maria ao Céu?
O Novo Catecismo da Igreja Católica responde à esta interrogação:
“A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos”(966).
A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, radica na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, quem se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.
Mais ainda, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu é um dogma da nossa fé católica, expressamente definido pelo Papa Pio XII pronunciando-se “ex-cathedra”. E… Quê é um Dogma?
Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus.
Neste caso se diz que o Papa fala “ex-cathedra”, quer dizer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis católicos.
O Novo Catecismo da Igreja Católica (966) nos explica assim, citando a Lumen Gneitium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamção do dogma:
“Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trobno do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da mrote”.
E o Papa João Paulo II, em uma das suas catequeses sobre a Assunção, explica isto mesmo nos seguintes termos:
“O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular previlégio” (JPII, 2- Julho-97).
“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Crsito, Verbo Encarnado, Maria é a primeria criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos” (JPII, Audiência Geral do 9-julho-97). Continua o Papa: “Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que ‘escutam a Palavra de Deus e a cumprem’(Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial”(JPII, 15-agosto-97).
Os homens e mulheres de hoje vivimos pendentes do enigma da morte. Ainda que o enfoquemos de diversas formas, segundo a cultura e crenças que tenhamos, por mais que o evadimos em nosso pensamento por mais que tratemos de prolongar por todos os meios ao nosso alcane nossos dias na terra, todos temos uma necessidade grande desta esperança certa de imortalidade contida na promessa de Cristo sobre nossa futura ressurreição.
Muito bem faria a muitos cristãos ouvir e ler mais sobre este mistério da Assunção de Maria, o qual nos diz respeito tão diretamente. Por quê se chegou a difundir-se a crença no mito pagão da re-encarnação entre nós? Se pensamos bem, estas idéias estranhas à nossa fé cristão vieram metendo-se na medida em que deixamos de pensar, de predicar e de recordar aos mistérios, que como o da Assunção, têm a ver com a outra vida, com a escatologia, com as realidades últimas do ser humano.
O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terrra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que façamos a Vontade de Deus, nos renova a esperança em nossa futura imortalidade e felicidade perfeita para sempre.

Papa anuncia que irá proclamar novo doutor da Igreja


Durante a Missa para os seminaristas, na manhã deste sábado, 20, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madri, na Espanha, o Papa Bento XVI anunciou que vai declarar São João de Ávila como novo Doutor da Igreja.

“Com grande alegria, no marco da santa igreja Catedral de Santa Maria a Real da Almudena, quero anunciar agora ao povo de Deus que, acolhendo os pedidos do Senhor Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, o Eminentíssimo Cardeal Antônio Maria Rouco Varela, Arcebispo de Madri, dos outros Irmãos no Episcopado da Espanha, bem como de um grande número de Arcebispos e Bispos de outras partes do mundo, e de muitos fiéis, declararei, proximamente, São João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja”, disse o Papa.

Ao divulgar esta notícia, o Pontífice expressou seu desejo de colocar as palavras e a vida desde santo como exemplo para os seminaristas ali presentes.

“Convido todos a dirigirem o olhar para ele, e confio à sua intercessão os Bispos da Espanha e de todo o mundo, bem como os presbíteros e seminaristas para que, perseverando na mesma fé que ele ensinou, possam modelar seu coração conforme os sentimentos de Jesus Cristo, o Bom Pastor, a quem seja dada toda glória e honra por todos os séculos dos séculos”, destacou Bento XVI.


Quem são os doutores da Igreja?

A Igreja Católica atribui oficialmente o título de doutor da Igreja àquelas pessoas que têm uma autoridade teológica e doutrinal, em razão da certeza de seu pensamento, a santidade de suas vidas e a relevância de suas obras.

Atualmente existem 33, dos quais 3 são mulheres. A última a ser declarada doutora da Igreja foi Santa Teresinha de Lisieux em 19 de outubro de 1997.


São João de Ávila


João de Ávila, nasceu em Almodóvar del Campo, em Castilla Nueva. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Alcalá. É considerado como um dos mais influentes Santos da Espanha do século XVI. Foi amigo de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (jesuítas) e conselheiro espiritual da Santa Teresa, se atribui a ele também a conversão de São Francisco de Borja e São João de Deus.

Ordenado sacerdote mostrou tal eloquência, que o Arcebispo de Sevilha pediu que se dedicasse à evangelização em seu país. Trabalhou durante 9 anos nas missões de Andaluzia.

Dedicou-se a pregar o Evangelho em todas as regiões da Espanha, principalmente nas cidades. Os mais famosos de seu escritos são suas cartas e o tratado: “Audi Filia”.

Foi beatificado em 1894 e canonizado pelo Papa Paulo VI em 31 de maio de 1970. Sua festa se celebra no dia 10 de maio.

Fonte: Nicole Melhado - Canção Nova Notícias
Da Redação, com Rádio Vaticano

 

domingo, 21 de agosto de 2011

Rio de Janeiro será a próxima sede da JMJ, anuncia Bento XVI

Domingo, 21 de agosto de 2011, 06h38

 Rio de Janeiro será a sede da Jornada Mundial da Juventude 2013! O anúncio oficial foi feito pelo Papa Bento XVI, ao fim da Missa de encerramento da JMJ Madri, neste domingo, 21.

A data prevista para o evento é de 23 a 28 de julho de 2013 e a expectativa é reunir mais de dois milhões de jovens peregrinos.

"Este é o maior evento da Igreja. Juntando o número de pessoas de uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, não dá a metade do que se dá numa Jornada Mundial da Juventude”, destaca o assessor da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio Costa Ribeiro.
Para os jovens da América Latina será mais barato vir ao Brasil do que ir para uma JMJ na Europa, por isso, o vice-coordenador geral da JMJ Rio, Dom Antônio Augusto, espera que o público seja ainda maior que o da JMJ Madri.

Segundo Dom Antônio, a escolha do Papa pelo Brasil tem muito a ver com a esperança que o Santo Padre tem pela América Latina. “É uma demostração viva de como a Igreja se apoia muito nos países latino-americanos onde o carisma e a fé do povo católico são muito fortes”, destaca.

Hoje, a fé da América Latina é um exemplo para os outros países da Europa que precisam de uma nova evangelização. Para o cantor e missionário da Comunidade Canção Nova, Dunga, a JMJ Brasil trará um "novo impulso para a evangelização dos jovens", primeiramente se expandindo para todo continente e, depois, atingindo todo mundo.

"Será uma oportunidade para todas as dioceses de nosso país, junto com seus bispos, sacerdotes e leigos, vivam uma profunda comunhão, demostrando que a Igreja é uma grande família", destaca Dom Antônio.

Segundo ele, a escolha não foi só pelo Rio de Janeiro, mas pelo Brasil, e  será um sinal de unidade e amor diante de tantas tragédias que o mundo está vivendo.

“O Brasil mostrará que a Igreja é um só coração e uma só alma, exemplo de unidade, comunhão para esta sociedade que tanto sofre com divisões, fragmentação de valores e desigualdade social. Que o Brasil possa demostrar pra todo mundo que a fé une os corações”, enfatiza.


Programação

Na programação oficial da JMJ Rio já estão confirmadas as catequeses, a Via Sacra, a Vigília e a Missa com o Papa, eventos já tradicionais em todas as edições da JMJ.

“Fora da estrutura oficial do evento, não temos nada planejado ainda. Mas o Brasil certamente tem muito a oferecer aos jovens”, conta o  vice-coordenador.

Para o missionário Dunga, as apresentações das bandas brasileiras na JMJ Madri foram um aperitivo do que acontecerá na JMJ Rio.


Custos da JMJ Rio

Organizar uma JMJ realmente é algo que acarreta muitas responsabilidades, preocupações e empenhos, salienta Dom Antônio. A arquidiocese do Rio e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estarão a frente desta organização que tem como coordenador-geral Dom Orani  João Tempesta, Arcebispo do Rio.

“A maioria dos recursos procederão das inscrições que começarão no final de 2012. Mas antes do inicio das inscrições precisamos de recursos para as primeiras despesas como a divulgação”, explica  o vice-coordenador.

Além das inscrições dos jovens, a Igreja espera contar com recursos vindos de patrocinadores. Já os suportes na segurança e no transporte serão concedidos pela prefeitura do Rio de Janeiro, como é natural em qualquer evento.

“Esperamos que escolas, paróquias e as famílias abram suas casas para acolher esses jovens”, destaca Arcebispo Emérito do Rio.


Expectativas

Desde 2007, quando o Brasil se colocou oficialmente como candidato para sede de uma JMJ que as expectativas eram grandes. Em 2010, a Arquidiocese do Rio de Janeiro, durante a Jornada Arquidiocesana da Juventude, exibiu um vídeo expressando o entusiamo da arquidiocese para que a capital carioca  fosse escolhida como sede da próxima JMJ.

Fonte: Canção Nova Notícias

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Somos os reconstrutores de nossas casas


Não podemos ignorar a guerra que vivemos. O inimigo de Deus tem sido agressivo; seu objetivo é arrancar-nos das mãos do Senhor. Para isso, o maligno tem utilizado meios desleais e entrado em nossas casas para roubar nossos filhos. A violência é uma das grandes consequências disso.

A violência que existe no mundo não é apenas externa, com crimes e mortes: a violência está em nossos lares. O inimigo está atacando com tudo, como os soldados de Herodes, no tempo de Jesus, entravam nas casas e matavam crianças com menos de 2 anos, arrancando-as dos braços de suas mães. É dessa violência de que estamos falando. Trata-se de matança de inocentes. Nossos filhos têm sido raptados de nós e exterminados em nossa frente... e não sabemos o que fazer.

Certa vez, construímos uma parede que iria servir de arrimo, reforçando-a com bastante cimento e ferragens. Um dia, terminado o horário de serviço, os pedreiros foram embora, e vieram as crianças!... Fizeram tanta bagunça que, por pouco, não puseram o muro abaixo! Quase perdemos um dia inteiro de serviço. É essa brincadeira que o mundo está fazendo conosco! Você constrói a vida inteira, com lágrimas, com suor e dor; constrói um casamento, uma família, um lar e, de repente, vem o mundo e, na brincadeira, põe tudo a perder.

É um mundo terrivelmente agressivo! Por isso, não podemos usar um método qualquer para resgatar os nossos. Então, o que fazer?

Pais e mães, filhos e filhas, esta deve ser nossa posição: é urgente defender nosso lar. Diante da violência de que somos vítimas, assumimos o que o Senhor nos diz:“Não pelo poder, nem pela força, mas por meu Espírito, é que se fará esta obra”. A reconstrução da sua família vai se fazer pelo Espírito Santo de Deus, eu diria até: vai se fazer pela violência do Espírito.

Somos os reconstrutores de nossas casas; trabalhando com ferramentas numa das mãos e com armas na outra, porque o inimigo de Deus está constantemente tentando destruir o que ainda está em construção. Até hoje tentamos reconstruir, o maligno vem e destrói. Não podemos permitir isso! É preciso estar constantemente construindo com ferramentas e defendendo com armas, armas espirituais!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Divina Providência - Considerai como crescem os lírios" demonsenhor Jonas Abib)

Catequese de Bento XVI sobre meditação


Quarta-feira, 17 de agosto de 2011, 10h57

Meditação é algo essencial para vida espiritual, aconselha o Papa

Nicole Melhado
Da Redação


Meditar é “criar em nós uma situação de acolhimento, de silêncio interior, para refletir, assimilar os mistérios da nossa fé e aquilo que Deus opera em nós”, disse o Papa Bento XVIna Catequese desta quarta-feira, 17, realizada em Castel Gandolfo. 

Recordando ainda a Festa da Assunção de Maria, celebrada na segunda-feira, 15, o Papa exortou aos fiéis a seguir o exemplo de Maria encontrando um espaço, mesmo em meio a tantas atividades e empenhos, para a oração e meditação. 

“O evangelista Lucas repete diversas vezes que Maria ‘conservava todas aquelas palavras, meditando-as no seu coração’ (2,19; cfr 2,51b). Vale não esquecer que ela é atenta a tudo aquilo que o Senhor lhe disse e fez, e meditava, isto é, aprofundando-as em seu coração”, destaca o Santo Padre.

Seguindo o exemplo de Maria, todos os cristãos devem acreditar, confiar e entrar na vontade de Deus: “esse é o caminho essencial”, enfatizou Bento XVI. 

Atualmente, as pessoas são absorvidas por tantas atividades e empenhos, preocupações e problemas. Normalmente essas coisas ocupam todo o espaço do dia e muitos dizem que não sobra um momento para parar e refletir e nutrir a vida espiritual. 

Mas o Papa salienta que a Virgem Maria “nos ensina o quanto é necessário encontrar em nossas jornadas, com todas as atividades, momentos para nos recolhermos em silêncio e meditar sobre quanto o Senhor nos quer ensinar, sobre como está presente e age o mundo e nossa vida: ser capaz de parar um momento e meditar”. 

Santo Agostinho - recorda o Pontífice - compara a meditação dos mistérios de Deus com a assimilação dos alimentos e usa o verbo “ruminar” para definir a maneira a qual deve ser feita essa associação dos mistérios de Deus, isto é, “fazer isso continuamente, ressoar em nós mesmos, guiando nossa vida, nutrindo-nos com o alimento necessário para nos sustentar”.

É possível fazer essa “ruminação” de vários modos - explica Bento XVI - fazendo, por exemplo, uma breve leitura da Sagrada Escritura ou mesmo lendo uma página de um autor de espiritualidade a qual se identifica e tem mais presente as realidades de Deus na atualidade e também “nos reconciliando com um confessor ou diretor espiritual , lendo e refletindo sobre isso, apoiando nisso, buscando compreender, entender o que isso me diz, o que diz hoje, abrindo nossa alma àquilo que o Senhor quer nos dizer e nos ensinar”.

O Pontífice salienta também que o Santo Rosário é uma oração de meditação, pois, repetindo o ‘Ave Maria’ “somos convidados a repensar e refletir sobre o Mistério que proclamamos”.  

“Mas podemos nos concentrar mesmo sobre qualquer intensa experiência espiritual, sobre palavras que nos fizeram impressão durante comunhão da Eucaristia dominical. Assim, vocês podem ver que existem muitas maneiras de meditar e, assim, de estar em contato com Deus e aproximar-se de Deus, e, deste modo, estar no caminho em direção ao Paraíso”, destacou o Santo Padre.

Fazer da meditação um hábito constante, dar esse tempo a Deus, é um elemento fundamental para o crescimento espiritual, assim, elucida o Papa, é o Senhor próprio que doa o gosto de Seus mistérios, Suas palavras, Sua presença e ação.

“É lindo quando Deus fala conosco; isso nos fará compreender de modo mais profundo o que Ele quer de nós, de mim. Por fim, é justamente este o objetivo da meditação: nos colocar sempre mais nas mãos de Deus, com confiança e amor, certos que somente no fazer a Sua vontade seremos, por fim, realmente felizes”, concluiu Bento XVI.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Papa fala sobre o dogma da Assunção de Maria

Este é um dia para admirar e louvar pelas grande coisas que o Onipotente por meio da Virgem Maria e pelas coisas que Ele operou nela, disse o Papa Bento XVI na solenidade de Assunção de Maria, celebrada nesta segunda-feira, 15.

Durante a homilia da Santa Missa realizada nesta manhã na paróquia pontifícia “Santo Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, o Papa destacou que Maria indica “um caminho e uma meta que podem e devem se tornar, de qualquer modo, o nosso mesmo caminho e a nossa mesma meta”. 



Guiado pela Liturgia do dia, o pontífice indica que a arca descrita no Antigo Testamento, se torna “arca viva” no Novo Testamento.

“Qual o significado da arca? O nos que parece? Para o Antigo Testamento, esse é o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo. Mas, agora, o símbolo deu lugar a realidade. Assim, o Novo Testamento nos diz que a verdadeira arca da aliança é uma pessoa vida e concreta: é a Virgem Maria”, elucida o Papa.

O Santo Padre ressalta que Deus não vive num objeto, Deus habita numa pessoa, num coração: Maria, naquela que carregou em seu colo o Filho eterno de Deus feito homem, Jesus nosso Senhor e Salvador.

“Maria é a arca da aliança, porque acolheu em si Jesus; colheu em si a Palavra vivente, todo o conteúdo da vontade de Deus, da verdade de Deus; acolheu em si Aquele que é a nova e eterna aliança, culminando com a oferta do seu corpo e do seu sangue: corpo e sangue recebidos de Maria”, enfatiza.


Maria no Apocalipse

No Livro do Apocalipse, é indicado um outro aspecto importante da realidade de Maria. Nele, ela, arca vivente da aliança, tem um destino de glória extraordinária, pois está estreitamente unida ao Filho, aquele no qual ela acolheu na fé e gerou na carne, sendo ela capaz de compartilhar integralmente a glória do céu.

“Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida... atormentada para dar à luz. Ela deu à luz um filho, um varão, que Irá reger todas as nações...” (Ap 12,1-2; 5). 

Hoje, a Igreja canta o amor imenso de Deus por esta sua criatura: “a escolhida como verdadeira 'arca da aliança', como aquela que continua a gerar e a doar Cristo Salvador à humanidade, como aquela que no céu divide a plenitude da glória e goza da mesma felicidade de Deus”, explica o Papa.


Maria visita Isabel
Já no Evangelho de Lucas é descrita a visita de Maria a Isabel. Maria deixa sua casa em Nazaré e parte para chegar “logo” à cidade de Judá. Esse “logo” mostra a rapidez na qual Maria se coloca para fazer a vontade de Deus.

“As coisas de Deus merecem rapidez, na verdade, as únicas coisas no mundo que merecem rapidez são justamente aquelas de Deus, que têm uma verdadeira urgência para nossa vida”, salienta Bento XVI.

Zacarias, Isabel e o pequeno João Batista representam todos os justos de Israel, no qual os corações, ricos de esperança, atendem a vinda do Messias salvador, explica o Papa. “É o Espírito Santo que abre os olhos de Isabel e a faz reconhecer em Maria a verdadeira arca da aliança, a Mãe de Deus, que vem para visitá-la”.

“Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? (Lc 1,42-43). É assim que Isabel recebe Maria, e é o Espírito Santo que abre o coração de João Batista no ventre de Isabel.

“Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre” (Lc 1,44). 

No seio da mãe, João Batista dança como o Rei Davi no Antigo Testamento diante da arca da aliança. João Batista reconhecesse Maria como a nova arca da aliança, “diante da qual o coração exulta de alegria, a Mãe de Deus presente no mundo, que não tem para si a divina presença, mas a oferece, dividindo a graça de Deus”.


Destinados ao amor de Deus 


O Papa destaca que “também nós somos destinados a esse imenso amor que Deus reservou” e é Maria quem indica, com luminosa clareza, o caminho em direção a verdadeira Casa, aquela na qual é possível viver a comunhão da glória e da paz com Deus.




Segunda-feira, 15 de agosto de 2011, 11h40
Nicole Melhado
Da Redação Canção Nova Notícias


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Convite do Papa para este tempo: entrar na escola da oração


Quinta-feira, 11 de agosto de 2011, 16h37

Mirticeli Medeiros
Da Redação

Você já parou para observar que as catequeses do Papa geralmente se organizam em ciclos? O conjunto de discursos proferidos nas chamadas audiências gerais das quartas feiras, muitas vezes é até publicado pela Editora Vaticana. Seguir com total atenção aquilo que o Papa diz a cada quarta-feira é indispensável para o cristão que quer acompanhar o pensamento da Igreja, o qual se atualiza a cada semana através das palavras do Sucessor de Pedro, que nos tempos atuais é o Papa Bento XVI. 
A cada quarta-feira, o Papa faz uma reflexão sobre questões que merecem a nossa atenção enquanto cristãos e agentes da sociedade. Nas audiências gerais, o Santo Padre literalmente fala para o mundo que, no Vaticano, é representado por milhares de caravanas de peregrinos de várias nacionalidades, a cada semana.
Desde o ultimo dia 4 de maio, o Papa iniciou um novo ciclo de catequeses sobre a oração, depois de ter concluído os ciclos sobre os Padres da Igreja, os grandes teólogos da Idade Média e as grandes mulheres.
“Com os primeiros discípulos, com confiança humilde, dirijamo-nos então ao Mestre e peçamos-lhe: 'Senhor, ensina-nos a rezar'. Estas foram as primeiras palavras que Bento XVI proferiu ao iniciar o ciclo de catequeses sobre a oração. No caso deste primeiro discurso, realizado no dia 4 de maio, o santo padre fez uma introdução sobre o valor da oração e explicou o quanto na história da humanidade, o homem sentiu e sente a necessidade profunda de um contato com algo que o transcende.
“O homem de todos os tempos reza porque não consegue deixar de se interrogar sobre o sentido da sua existência”, explicou o Papa.
A oração na vida de todos 
O santo padre tem afirmado com todas as letras que a oração não está ligada a um contexto particular, mas encontra-se inscrita no coração de cada pessoa. De modo pedagógico, Bento XVI, o grande teólogo e professor, tem trazido uma enorme contribuição para a Igreja Universal, demonstrando que rezar é questão de vida ou de morte, como ele mesmo afirmou.
“O Papa disse no inicio das catequeses que a oração não deve deixar de ser considerada. Neste ciclo, se redescobre a beleza de um Papa teólogo que narra como, no fundo, toda a teologia é oração”, diz Andrea Gagliarducci, vaticanista do jornal italiano “Il Tempo” e responsável pelo site www.mondayvatican.com. 
O vaticanista também explicou que o Papa não somente introduz a todos nesta “escola de oração”, mas traz orientações precisas para o cristão sobre a melhor forma de rezar.
“Sem a oração, se perde o contato com a fé. O Papa deixa para todos nós um modo de rezar, nos dá um exemplo e seu exemplo é o da reflexão sobre as escrituras e os padres da Igreja”, afirmou Andrea Gagliarducci.
Sequência de catequeses sobre a oração 
Nas duas primeiras catequeses, como vimos, o papa explicou o que é a oração. Nas que se sucederam, mais precisamente, quatro delas, Bento XVI trouxe a experiência vivida pelos patriarcas e profetas do antigo testamento no tocante à oração.
Nas duas últimas, o papa conduziu-nos à experiência de oração que se dá através da palavra de Deus. No dia 22 de junho, ele refletiu sobre os salmos, no dia 3 de agosto, sobre o contato com a palavra de Deus também nos tempos livres e de descanso e na última quarta-feira,10, sobre o silêncio da oração.
O ciclo de catequeses sobre a oração já cumpriu até aqui, um itinerário muito rico. Um caminho espiritual que tem nos levado a refletir sobre a importância da oração em nossa vida. Muitos talvez tenham perdido a oportunidade de acompanhar alguns destes discursos até o momento, mas talvez o que foi explicado acima tenha instigado a curiosidade daqueles que querem de fato ouvir o que a Igreja está dizendo sobre as questões fundamentais. Este ciclo, com base naqueles anteriores, talvez já esteja terminando, mas nunca é tarde para “embarcar” em um novo ciclo de catequeses que, em cada período, demonstra que as palavras “bem ditas e benditas” podem levar o ser humano a experiências inesquecíveis.
“Na oração, em cada época a história, o homem considera-se a si mesmo e a sua situação diante de Deus, a partir de Deus e em vista de Deus, e experimenta que é criatura carente de ajuda, incapaz de alcançar sozinho o cumprimento da própria existência e da própria esperança” (catequese do dia 11 de maio de 2011)

Editora lançará história em quadrinhos sobre a vida de Bento XVI





Da Redação, com Agência EFE

Por ocasião da visita do Papa Bento XVI a Madri, a editora americana Manga Hero publicará a história em quadrinhos"Habemus Papam!", que narra a vida do máximo representante da Igreja Católica. "Esta história reproduz as diferentes vivências do Santo Padre por todo o mundo, especialmente como cardeal de seu antecessor, João Paulo II, e culmina com o momento em que foi eleito bispo de Roma", explicou o editor dos quadrinhos, Jonathan Lin, em entrevista concedida à organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"É uma oportunidade para fazer as pessoas conhecerem, de forma inspiradora e atrativa, o Papa Bento XVI, especialmente sua mensagem aos jovens. Os quadrinhos são uma das formas mais inovadoras de entretenimento e oferecem uma leitura fácil para pessoas de qualquer idade", acrescentou Lin.

A história em quadrinhos, da qual serão distribuídos 300 mil exemplares durante o evento de Madri, foi escrita por Gabrielle Gniewek, estudante da John Paul the Great University de San Diego (Estados Unidos).

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

É preciso mudar!



Sexta-Feira, 05 de agosto 2011


“Se o Senhor não construir a casa, seus construtores trabalham em vão. Se o Senhor não guardar a cidade, a sentinela vigia em vão” (SI 127,1).

Chega de trabalhar inutilmente! Entremos no sistema de Deus! Ele é o Senhor! E, por ser Ele o Senhor, o objetivo da nossa vida é vivermos voltados para Ele. Ele é o construtor. Claro, Deus quer nossa participação e não a despreza. Ele é tão bom, que faz o êxito depender de nosso empenho, de nosso trabalho, mas, na verdade, quem faz é Ele.

Chegamos até a pensar que tudo está dando certo por nossa causa, por nosso trabalho, nossa capacidade, quando, na verdade, Deus Pai é o construtor de tudo.

Se o Senhor não for o construtor da casa, seus construtores, seus pedreiros, seus mestres de obras, nós trabalharemos em vão. Se o Senhor não guarda a cidade, se Ele não é o centro e não está em primeiro lugar... nada acontece!

A verdade é esta: se o Senhor não guardar seu casamento, se Ele não for o primeiro entre vocês, em tudo: na educação dos filhos, no orçamento familiar, na vida conjugal, nada acontecerá.

É preciso mudar! Aí está o segredo da transformação de nossa situação econômica e demais situações. Até hoje estávamos ainda no outro sistema, ou pior, tentando misturar os dois sistemas, o que não é possível! Porque, se o Senhor, e somente Ele, não guardar a cidade, sua família, seu casamento, seu trabalho, sua firma, em vão vigiam as sentinelas.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Na audiência geral o convite do Papa a dedicar tempo à leitura da Bíblia


Castel Gandolfo, 03 ago (SIR) - O Papa propôs hoje aos católicos que façam uma leitura continuada da Bíblia durante as férias, desde os livros menores, como os de Tobias, Ester ou Rute, às “obras-primas” como Jó, Qohélet ou Cântico dos Cânticos. Na primeira audiência geral depois de uma pausa durante o mês de julho, Bento XVI sugeriu que os fiéis “tenham à mão, durante o período estivo ou nos momentos de pausa, a Santa Bíblia, para a apreciar de uma maneira nova”, lendo “alguns dos seus livros, os menos conhecidos e também os mais notórios, como os Evangelhos". “Muitos cristãos deixaram de ler a Bíblia e têm dela um conhecimento muito limitado e superficial”, salientou o Papa, que fez votos para que uma “leitura continuada” do texto sagrado para os cristãos possa tornar-se um “enriquecimento cultural” e “nutriente do espírito, capaz de alimentar o conhecimento de Deus e o diálogo com Ele, a oração”. Em agosto, mês em que os encontros públicos vão decorrer em Castel Gandolfo, Bento XVI pretende apontar “alguns aspetos de caráter espiritual e concreto” que lhe parecem “úteis não só para quem vive – numa parte do mundo – o período de férias estivais, mas também para todos aqueles que estão empenhados no trabalho diário”. “Não somos feitos só para trabalhar, mas também para pensar, refletir ou simplesmente seguir com a mente e com o coração” uma história na qual “em certo sentido nos ‘perdemos’ para depois nos enriquecermos”. Alguns dos textos da “pequena ‘biblioteca’” que é a Bíblia “permanecem quase desconhecidos para a maior parte das pessoas”, disse Bento XVI, que recordou textos “muito breves” como o livro de Tobias, “uma narrativa que contém um sentido muito elevado da família e do matrimônio”.
Continuando a referir-se a textos curtos do Antigo Testamento, aludiu ao livro de Ester, “no qual a rainha hebraica, com a fé e a oração, salva o seu povo do extermínio”, e ao “ainda mais breve” livro de Rute, narrativa de “uma estrangeira que conhece Deus e experimenta a sua providência”. “Estes pequenos livros podem ler-se por inteiro numa hora”, frisou o Papa, que também destacou “obras-primas” de leitura exigente, como Jó, que se detém sobre “o grande problema da dor inocente”, e Qohélet, também conhecido como Eclesiastes, que manifesta com “desconcertante modernidade” o “sentido da vida e do mundo”. Bento XVI mencionou igualmente o Cântico dos Cânticos, “admirável poema simbólico do amor humano”, tendo passado seguidamente para o Novo Testamento, conjunto de obras “mais conhecidas” e com gêneros literários “menos diversificados”. No discurso que proferiu diante de centenas de fiéis, o Papa salientou a “beleza” da leitura “seguida” de um dos quatro Evangelhos, bem como dos Atos dos Apóstolos ou de uma das cartas que compõem a segunda parte da Bíblia.
Na alocução em língua portuguesa, o Papa saudou “de modo especial” os portugueses de Vidigueira e do Porto: “Queridos peregrinos de língua portuguesa sede bem-vindos! Saúdo de modo especial os portugueses vindos de Vidigueira e do Porto, bem como os brasileiros vindos de Fortaleza. Não deixeis de aproveitar os momentos de descanso para redescobrir na leitura da Bíblia um enriquecimento cultural e, sobretudo, um alimento para os vossos espíritos. Que Deus vos abençoe!”


Fonte: Vaticano, 03/08/11

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Travessia: passo a passo, o caminho se faz – Mês da Bíblia 2011

SEG, 01 DE AGOSTO DE 2011 09:56
Este livro apresenta subsídios para estudo, reflexão, oração e prática para o mês da Bíblia de 2011. Não pretende dizer tudo, mas apontar pistas para o trabalho individual e comunitário. Foi pensado como material de apoio, isto é, traz elementos informativos a serem desenvolvidos posteriormente e indica também roteiros práticos, que podem orientar grupos de reflexão e leitura orante sobre o assunto. O tema do mês da Bíblia de 2011 é “Travessia: passo a passo, o caminho se faz”.
Essa travessia segue o roteiro apresentado em Ex 15,22-18,27. A escolha se justifica, pois o êxodo e a caminhada são realidades vividas no dia a dia do povo de Deus. Também nós estamos em contínuo movimento de vencer etapas e realizar projetos. “Não temos aqui cidade permanente, mas estamos à procura da que está para vir” (Hb 13,14). Assim como o povo de Deus pode declarar: “o Senhor nos tirou do Egito com mão forte e braço estendido” (Dt 26,8), também nós temos certeza de que o Senhor está conosco. Para viver o projeto de povo libertado, a comunidade dos filhos de Israel enfrentou desafios: falta de água saudável, falta de alimento, falta de organização, ameaça de inimigos. Teve momentos de crise, muita murmuração, dúvidas e até revolta contra Deus. No entanto, em cada etapa, soube enfrentar os problemas, passo a passo, sem deixar de avançar em busca da terra da promessa.
Fonte:CNBB

Confira as Intenções de Oração do Papa para o mês de agosto





As intenções de oração do Papa Bento XVI para o mês de agosto têm o foco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2011 
e nos cristãos do Ocidente.

Como intenção geral, o Santo Padre pede "para que a Jornada Mundial da Juventude, que se realiza em Madri, encoraje todos os jovens do mundo a fortalecer e fundar a sua vida em Cristo". Na intenção missionária, Bento XVI reza "para que os cristãos do Ocidente, dóceis à ação do Espírito Santo, reencontrem o vigor e o entusiasmo de sua fé".

Todos os meses, o Pontífice confia suas intenções ao Apostolado da Oração, uma iniciativa que é seguida por milhões de pessoas em todo mundo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tumba do Apóstolo São Filipe pode ter sido encontrada na Turquia



Quinta-feira, 28 de julho de 2011, 18h23

Lisboa, 28 jul 2011 (Ecclesia) - O arqueólogo Francesco d’Andria afirmou esta quarta-feira ter encontrado na Turquia o túmulo de São Filipe, um dos doze apóstolos de Jesus, após anos de escavações em Pamukkale, na zona oeste do país.
“Há 12 anos que tentamos encontrar o túmulo de São Filipe. Finalmente encontrámo-lo entre os escombros de uma igreja que escavávamos há cerca de um mês”, disse Francesco d’Andria, professor de arqueologia e história da arte grega e romana na Universidade de Salento, na Itália.
O arqueólogo explicou que o túmulo ainda não foi aberto, mas acredita que a sua estrutura e as escrituras na pedra provem que aquela seja efetivamente a sepultura de São Filipe (século I).
“Um dia será aberta. Esta descoberta é de grande importância para a arqueologia e para todo o mundo cristão”, disse.
Um edifício octogonal guardou a memória do apóstolo São Filipe em Hierápolis, antiga cidade do Império Romano, existindo ainda uma basílica erguida no século V.
Em declarações ao jornal do Vaticano, 'L'Osservatore Romano', Francesco d'Andria indica que “esta igreja foi construída em volta de uma sepultura romana do século I que, evidentemente, era tida em grande consideração, dado ter-se decidido edificar uma basílica, mais tarde”.
A edição de 29 de junho do periódico, disponível desde esta tarde, cita Eusébio de Cesareia, autor do século IV, que identificava o apóstolo Filipe como aquele que “repousa em Hierápolis”, uma localização da qual, segundo o ‘Osservatore Romano’, “não restam dúvidas".
O jornal considera que a missão arqueológica italiana iniciada em 1957 e hoje composta por uma equipa internacional "terá provavelmente descoberto o túmulo do apóstolo".
Hierápolis é hoje considerada Património Mundial da Unesco e conhecida também por “cidade sagrada”.
Originário da Galileia, Filipe foi um dos doze apóstolos, tendo viajado, após a morte de Jesus, para evangelizar as regiões da Ásia Menor.
Segundo documentos e testemunhos históricos, o apóstolo terá sido lapidado e depois crucificado pelos romanos.
As relíquias de São Filipe estão guardadas numa igreja de Roma, juntamente com as de São Tiago Menor; a festa litúrgica dos dois apóstolos
 é celebrada anualmente a 3 de maio.

Rádio Vaticano
(Tradução de Mirticeli Medeiros - equipe CN notícias)


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Não mande "sucata" para o céu






A nossa meta está no céu, junto a Cristo. Um dia estaremos ressuscitados com Ele. Nossa meta está no céu, pois apenas passamos por esta terra, mas é dela que enviamos a matéria-prima para que o Senhor construa nossa morada lá; não somente para nós, mas para toda a nossa família. Você pertence a uma família que morará no céu.

Por isso todo esforço, luta, suor e lágrimas são válidos. Você combate por si e por todos eles, por esse motivo Deus o fez guerreiro.

Não mande "sucata" para o céu. Tenha a coragem de mandar, desde agora, "material de primeira" para construir a casa de sua família lá em cima. Na eternidade não existe "coluna do meio". Só existe céu e inferno, luz ou trevas. O tempo de nos transformarmos, de “enviar material” é agora. Estamos vivendo o tempo da Divina Misericórdia; caímos e levantamos, nos arrependemos e recomeçamos.

Não há lugar para você e sua família no inferno. Foi só no céu que Jesus comprou um lugar a preço do Seu Sangue. O inimigo de Deus não deu a vida para que você tivesse um lugar no inferno! No céu está o seu terreno: ou você manda "material" para construir sua "mansão" lá ou seu lugar ficará eternamente vazio.

Deus nos criou para Si, para a suprema alegria de viver com Ele para sempre na eternidade. O lugar que Nosso Senhor Jesus Cristo reserva para você, no céu, foi conquistado pelo preço do Seu Sangue. Ele morreu para que você tivesse vida. Não apenas esta vida, mas a vida eterna: a máxima felicidade. Cristo deu vida por vida. A vida d'Ele ao preço da nossa. Ele já reservou um cantinho no céu para a nossa família.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Grande Promessa do Coração de Jesus - Novo Livro do Padre Joãozinho

 


Grande Promessa do Coração de Jesus é, segundo Pe. Joãozinho, autor do livro, uma escola de conversão. A obra se propõe a ser uma espécie de livro didático nesta escola de vida nova, e é indicada a todos, mas especialmente às pessoas que precisam retornar ao caminho de Deus.
Pe. Joãozinho aponta o significado da Grande Promessa do Coração de Jesus, revelada a Santa Margarida Maria: “O amor todo-poderoso do meu Coração concederá a graça da perseverança final a todos os que comungarem na primeira sexta-feira do mês, por nove meses seguidos”. Segundo o autor, nove meses é o tempo normal da gestação. “O Coração de Jesus nos convida a nascer de novo, exercitando a santidade por nove meses.”
Santa Margarida Maria, em suas experiências místicas, tinha visões do Coração de Jesus coroado de espinhos e pegando fogo e também ouvia uma série de Promessas de Jesus. Pe. Joãozinho salienta que, na verdade, se você ler cada uma das promessas com muita atenção, verá que Deus já fez essas promessas nas páginas da Bíblia. A Grande Promessa, por exemplo pode ser vista como uma reafirmação da promessa de Jesus no final do Evangelho de Mateus: “Estarei convosco todos os dias, até o fim!” (Mt 28,20).
A novidade deste livro é que o autor consegue atualizar e transformar essa “Promessa”, que parecia distante, em mensagem válida para hoje. Não se trata de uma pesquisa histórica. Ao autor interessa, sobretudo, sua importância para a vida cristã e para o crescimento espiritual das pessoas que a colocam em prática.
Trata-se de um manual prático que contém apresentação, ensinamento de como utilizar o livro, as 12 Promessas do Amor, a Grande Promessa do Coração de Jesus, Novena de Salvação e Orações.
Sobre o autor:
João Carlos Almeida, mais conhecido como Padre Joãozinho, scj, é sacerdote da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos). Doutor em Teologia (Pontifícia Faculdade N. Sra. Assunção-SP), Educação (USP) e Espiritualidade (Universidade Gregoriana – Roma), atua como Diretor Geral da Faculdade Dehoniana, em Taubaté-SP, onde leciona na área de Teologia Sistemática. É o autor da conhecida canção Conheço um Coração. Publicou vários livros por Edições Loyola, entre os quais:A ladainha do Coração de Jesus; As Doze Promessas do Coração de Jesus; Conheço um Coração – Lições que aprendi junto ao Coração do Mestre25 maneiras de rezar o Rosário, com mais de 50 mil exemplares vendidos; Combate espiritualNova era e fé cristã; Orações de Consagração ao Coração de Jesus.Tem pregado para movimentos como o Apostolado da Oração e a Renovação Carismática por todo o país, além de assessorar paróquias e dioceses.

Adriana Mara da Silva - Min.Comunicação Social 
Grupo de Oração Força Viva do Espírito

Santa Maria Madalena, "Eu vi o Senhor!"



Neste dia, 22 de julho de 2011, sexta-feira, a liturgia celebra Santa Maria Madalena, discípula de Jesus. Quem foi Maria Madalena? Foi uma mulher da qual Jesus expulsou sete demônios (conf. Evangelhos de Marcos 16,9; Lucas 8,2); era umas das mulheres que provinham às necessidades de Jesus; foi testemunha da crucifixão; do sepultamento de Jesus e do sepulcro vazio.

Assim, desde que Maria Madalena recebeu a graça de Deus ela não deixou mais de seguir Jesus. No evangelho deste dia, João 20,1-2.11-18, percebemos uma mulher cheia de dores, porque foi visitar o sepulcro (que ficava localizado em um jardim), procurando o corpo de Jesus para colocar perfumes, mas o sepulcro estava vazio. Maria Madalena fica triste e começa a sua busca pelo corpo do seu Senhor. Ela fala com os discípulos Pedro e João; ela fala com os anjos e até reclama para um ‘jardineiro’: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o colocaste, e eu irei buscar” (João 20,15). Percebe-se a dor desta mulher, preocupada em dar toda dignidade ao corpo do seu Senhor.

Para alegria e surpresa de Maria Madalena após ouvir seu nome “Maria!”, ser pronunciado por aquele ‘jardineiro’, ela exclama: ‘Rabunni!’ (quer dizer mestre). É Jesus, o seu Senhor que está vivo. Ele não morreu! A morte não poderia segurar o autor da vida.

A partir daí Maria Madalena é enviada pelo próprio Jesus Cristo a anunciar o ressuscitado.
‘Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!” (João 20, 18)’.

Somos convidados, como Maria Madalena, a todos os dias ‘ver’ o Senhor e sermos seus anunciadores. Diante das nossas tribulações, das nossas dores, Jesus se deixa encontrar. Jesus quer ter um encontro conosco nos jardins da nossa vida.

Observe com carinho. Jesus está sempre ao teu lado. Ele vê suas lágrimas, suas dores até mesmo seu desespero. Vire-se! Faça como Maria Madalena, ouça a voz do mestre te chamando pelo seu nome e então volte. Nas suas dificuldades você pode ver Jesus.

Que Santa Maria Madalena interceda por nós, para que possamos a cada dia diante de nossas dificuldades exclamar como ela: “Eu vi o Senhor!”.

Cleide Márcia B. de Paula
Coordenadora do Grupo de Oração Força Viva do Espírito

sábado, 16 de julho de 2011

O Perdão

Perdoar passa pelo coração e depois pela inteligência


O perdão começa sempre em nosso coração. Passa depois pela nossa inteligência. É uma decisão! Depois de concebido no coração e gestado no pensamento, ele [perdão] ganha vida por uma decisão irreversível e explícita. Enquanto não perdoamos, perpetuamos a falsa ideia de que a vingança e o ódio podem ser remédios para curar nossa dor, a vingança parece ser mais justa do que o perdão. Mas é só na hora. A longo prazo suas consequências serão terríveis e cruéis.

O perdão afeta o presente e o futuro, mas não pode mexer no passado. Não adianta nada querer sonhar com o passado melhor ou diferente. O passado foi o que foi. Não há o que fazer para mudá-lo. Podemos e devemos assimilá-lo e aprender o que ele tem a nos ensinar. Mais do que isso é impossível.

A esperança por um passado melhor é uma ilusão do encardido [demônio]. Ele é o grande especialista em passado. Jesus, ao contrário, nunca fez nenhuma pergunta sobre o passado de nunhuma pessoa. Ele nunca fez uma regressão ao passado com ninguém. Nem mesmo com aqueles que tinham sérios problemas afetivos e até sexuais. Parece estranho que o Senhor não tenha realizado uma sessão de cura interior das etapas cronológicas com Maria Madalena, Maria de Betânia, a Samaritana, Zaqueu, Pedro, Tiago e João, Judas e tantos outros que, por suas atitudes, demonstraram carregar sérios problemas oriundos da infância e mesmo na gestação.

Cristo não retomava o passado porque sabia que a única coisa que podemos fazer em relação ao passado é enxergá-lo de um jeito novo e aprender com o que ele tem a nos ensinar. Mas isso se faz vivendo intensamente o presente e projetando o futuro. Jesus foi o grande mestre do perdão. Ele nos mostra que o perdão não acontece de uma hora para outra e nem pode ser uma tentativa de abafar ou simplesmente ignorar essa dor. O perdão é um processo profundo, repetido tantas vezes quantas forem necessárias no nosso íntimo. A pressa é inimiga do perdão!

O perdão nos ensina a nos relacionar, de modo maduro, com o passado. Não é um puro esquecimento dos fatos, nem sua condenação. Não é a colocação de panos quentes e muito menos a tentativa de amenizar os acontecimentos. Perdoar é ser realista o suficiente para começar a ver o passado com os olhos do presente, voltados para o futuro.

Quem não perdoa não consegue se libertar das garras, interiores e exteriores, daquele que o machucou. Mesmo que seja necessário se afastar, temporária ou definitivamente, dessa pessoa, só podemos fazê-lo num clima de perdão.


Antes de colocar para fora do nosso coração alguém que nos machucou é preciso perdoá-lo. Sem perdão, essa pessoa vai permanecer ocupando um espaço precioso de nossa vida e continuará tendo um poder terrível sobre nós.



Do livro "Gotas de cura interior".

Padre Leo, SCJ

terça-feira, 12 de julho de 2011

O que significa ser "Católico"?

Um jovem me fez esta pergunta. Disse que há algum tempo está em crise de fé e tem buscado a solução em igrejas evangélicas. Em uma delas, ao confessar-se católico, ouviu dizer que a palavra “católico” nem sequer está na Bíblia. Ficou com esta dúvida intrigante. Queria uma resposta pois já estava começando a pensar que seus amigos tinham razão e que seria melhor mesmo mudar de igreja.
Pedi que ele abrisse a sua Bíblia no Evangelho de Mateus, capítulo 28, versículos 18b-20. Utilizarei aqui a tradução mais popular nas bíblias evangélicas (Almeida, corrigida e fiel):
“É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
Você percebeu que fiz questão de colocar em negrito uma palavrinha que aparece de modo insistente no texto: TODO. Jesus tem todo o poder; devemos anuncia-lo a todos os povos, guardar todo o seu ensinamento na certeza de que estará todos os dias conosco. Esta ordem de Jesus foi levada muito a sério pelos discípulos. Em grego a expressão “de acordo com o todo”, pode ser traduzida por “Kat-holon”. Daí vem a palavra “católico” (em grego seria: Καθολικός). Ao longo do primeiro e segundo séculos os seguidores de Jesus Cristo começaram a ser reconhecidos como “cristãos” e “católicos”. As duas palavras eram utilizadas indistintamente. Ser católico já significava “ser plenamente cristão”. O catolicismo, portanto, é o cristianismo na sua “totalidade”. É a forma mais completa de obedecer o mandato do Mestre antes de sua volta para o Pai. O mesmo mandado pode ser lido no Evangelho de Marcos 16,15: “Ide e pregai o evangelho a toda criatura”. Há, portanto, uma catolicidade vertical, que é ter o Cristo todo, ou seja ser discípulo; e uma catolicidade horizontal, que é levar o Cristo a todos, ou seja, ser missionário. Isso é ser católico: totalmente discípulo, totalmente missionário, totalmente cristão!
Ao que tudo indica o termo “católico” se tornou mais popular a partir de Santo Inácio de Antioquia (discípulo de São João), pelo ano 110 dC. Pode significa tanto a “universalidade” da Igreja como a sua “autenticidade”. Quase na mesma época São Policarpo utilizava o termo “católico” também nestes dois sentidos. Santo Agostinho utilizou o termo “católico” mais de 240 vezes em seus escritos, entre 388-420. São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, dizia: “A Igreja é católica porque está espalhada por todo o mundo; ensina em plenitude toda a doutrina que a humanidade deve conhecer; conduz toda a humanidade à obediência religiosa; é a cura universal para o pecado e possui todas as virtudes” (Catechesis 18:23). Veja que já está bem claro os dois sentidos de “Católico” como “universal e ortodoxo”. Durante mil anos os dois significados estiveram unidos. Mas por volta do ano 1000 aconteceu um grande cisma que dividiu a igreja em “ocidental e oriental”. A Igreja do ocidente continuou a ser denominada “Católica” e a Igreja do oriente adotou o adjetivo de “Ortodoxa”. Na raiz as duas palavras remetem ao significado original de Igreja “autêntica”.
Santo Tomás de Aquino (1225-1274), grande teólogo ocidental, desenvolveu uma teologia da catolicidade. A Igreja seria “universal” em três sentidos: a) Está em todos os lugares (cf. Rm 1,8) e pode ser militante na Terra, padecente no purgatório e triunfante no céu; b) Inclui pessoas dos três estados de vida (Gal 3,28): leigos, religiosos e ministros ordenados; c) Não tem limite de tempo desde Abel até a consumação dos tempos.
A Igreja católica reconhece que cristãos de outras igrejas pode ter o batismo válido e possuir sementes da verdade em sua fé. Porém, sabe que apenas a Igreja católica conserva e ensina sem corrupção TODA a doutrina apostólica e possui TODOS os meios de salvação.
Devemos viver e promover a sensibilidade ecumênica promovendo a fraternidade com os irmãos que pensam ou vivem a fé cristã de um modo diferente. Mas isso não significa abrir mão de nossa catolicidade. Quando celebramos a Eucaristia seguimos à risca o mandato do Mestre que disse: “Fazei isso em memória de mim!” A falta da Eucaristia deixa uma grande lacuna em algumas Igrejas. Um pastor evangélico, certa vez, me disse que gostaria de rezar a ave-maria, mas por ser evangélico não conseguia. Perguntei por quê? Ele disse que se sentia incomodado toda vez que lia o Magnificat em que Maria proclama: “Todas as gerações me chamarão de bendita” (Lc 1,48)… e se questionava o por quê sua geração tão evangélica não faz parte desta geração que proclama bem-aventurada a Mãe do Salvador!
Realmente, ser católico é ser totalmente cristão!
Padre Joãozinho, scj

sexta-feira, 8 de julho de 2011

OS GIRASSÓIS E NÓS



Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.

A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente.

Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.

Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado.

Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.

Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.

O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos.

Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial.

Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.

A vida é o lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.

Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.

Sejamos como os girassóis...

Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.

Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.

Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.

Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.

Padre Fábio de Melo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

JUNHO, MÊS DE SÃO JOÃO E DE FESTA JUNINA!

1- Qual a origem das festas juninas?A origem é de Caruaru, para os pernambucanos, ou de Campina Grande, para os paraibanos. Na realidade, as festas juninas ou joaninas são uma celebração religiosa européia tradicional do mês de junho. A denominação de festas joaninas teve origem nos países europeus católicos, desde o século IV. Quando chegou ao Brasil, no século XVI, o nome foi progressivamente modificado para junina. Elas representam uma das mais expressivas manifestações culturais brasileiras,principalmente no Nordeste. Nelas são festejados três grandes santos católicos: Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho). Inicialmente eram chamadas de festas joaninas, dado seu vínculo com a Festa de São João,o único santo católico festejado no dia de seu nascimento e não de sua morte.


2- O que as festas joaninas têm a ver com o Natal?A festividade da data do nascimento de João, primo de Jesus, foi fixada pela Igreja Católica em função do relato do Evangelho de Lucas (Lc. 1,39-56): seis meses antes da data do nascimento de Jesus. O nascimento do filho de Zacarias e Izabel foi motivo de grande alegria entre seus vizinhos e parentes ( Lc. 1,57-58). Foi um dia de muitos festejos. Ou seja, sem Natal não haveria festa joanina. É tempo de ouvir a voz de São João que anunciava a vinda do Salvador. O Natal de Jesus coincide com o solstício de inverno e o do seu primo João com o do verão. Essa grande iluminação cósmica, lá no Hemisfério Norte, é prolongada à noite pelas fogueiras, pelos fogos de São João, nas praças. Objetos velhos, móveis quebrados etc. são queimados num ritual de purificação daquilo que está ultrapassado.

3- As festas juninas coincidem com um solstício?Sim, com o do inverno, da mesma forma que o Natal, coincide com o outro solstício, o do verão. Nos dias do solstício, o sol "pára, estaciona" ( sol-staciona) em seu deslocamento aparente em direção aos pólos. As festas juninas coincidem com a chegada do inverno no Hemisfério Sul, com dias mais curtos e frios do ano. As fogueiras ajudam a lutar contra essa aparente vitória da noite sobre o dia, iluminando as trevas e esquentando os corações. A espiritualidade judaica e cristã sempre teve uma forte ligação com o mundo natural e seus ciclos cósmicos. As festas sazonais, ligadas às mudanças das estações não eram, nem nunca foram, privilégio de celtas,bretões, germanos e outros europeus pagãos, como se ouve dizer. Se os costumes e festivais europeus, anteriores ao cristianismo, como os ligados ao solstício de verão, coincidiam com a milenar tradição judaica, o processo de inculturação da fé católica os absorveu e valorizou, respeitando e mantendo nas festas juninas, desde que não atentassem contra a fé cristã.
4- Por que a fogueira junina?A fogueira de São João é o maior símbolo das comemorações juninas. Conforme a tradição católica, a fogueira joanina tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre um monte. Essa fogueira significava a boa-nova do nascimento de um profeta e confirmava a gravidez sobrenatural de Maria. O fogo está associado a João o Batista, um imersor nas águas. Essa aparente antinomia entre fogo e água associados à mesma pessoa delata a superação das contradições e uma nova harmonia, messiânica. João batizava com água e advertiu que Jesus batizaria com o fogo, o fogo purificador e inspirador do Espírito Santo.

Boas Festas! É viva a São João!