quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dogmas Marianos


A Virgindade Perpétua
O Dogma da Perpétua Virgindade se refere a que Maria foi Virgem antes, durante e perpétuamente depois do parto.
“Ela é a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho cujo nome será Emanuel” (Cf. Is., 7, 14; Miq., 5, 2-3; Mt., 1, 22-23) (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 55 – Concílio Vaticano II).
“O aprofundamentamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria inclusive no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo “longe de diminuir consagrou a integridade virginal” de sua mãe. A liturgia da Igreja celebra a Maria como a ‘Aeiparthenos’ a ‘sempre-virgem’.” (499-catecismo da Igreja Católica).

A Maternidade DivinaO dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus. Foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.). Algum tempo depois, foi proclamado por outros Concílios universais, o de Calcedonia e os de Constantinopla.
O Concílio de Éfeso, do ano 431, sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu:
“Se alguém não confessar que o Emanuel (Cristo) é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema.”
O Concílio Vaticano II faz referência ao dogma da seguinte maneira: “Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades”. (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 66).

A Imaculada Conceição
O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. O dogma foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus.
“Declaramos, pronunciamos y definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis.”

Dogma da Assunção
O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial.
Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus:
“Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espíritu da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência;
para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e con a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu”
Agora bem, Porquê é importante que os católicos recordemos e aprofundemos no Dogma da Assução da Santíssima Virgem Maria ao Céu?
O Novo Catecismo da Igreja Católica responde à esta interrogação:
“A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos”(966).
A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, radica na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, quem se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.
Mais ainda, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu é um dogma da nossa fé católica, expressamente definido pelo Papa Pio XII pronunciando-se “ex-cathedra”. E… Quê é um Dogma?
Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus.
Neste caso se diz que o Papa fala “ex-cathedra”, quer dizer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis católicos.
O Novo Catecismo da Igreja Católica (966) nos explica assim, citando a Lumen Gneitium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamção do dogma:
“Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trobno do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da mrote”.
E o Papa João Paulo II, em uma das suas catequeses sobre a Assunção, explica isto mesmo nos seguintes termos:
“O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular previlégio” (JPII, 2- Julho-97).
“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Crsito, Verbo Encarnado, Maria é a primeria criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos” (JPII, Audiência Geral do 9-julho-97). Continua o Papa: “Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que ‘escutam a Palavra de Deus e a cumprem’(Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial”(JPII, 15-agosto-97).
Os homens e mulheres de hoje vivimos pendentes do enigma da morte. Ainda que o enfoquemos de diversas formas, segundo a cultura e crenças que tenhamos, por mais que o evadimos em nosso pensamento por mais que tratemos de prolongar por todos os meios ao nosso alcane nossos dias na terra, todos temos uma necessidade grande desta esperança certa de imortalidade contida na promessa de Cristo sobre nossa futura ressurreição.
Muito bem faria a muitos cristãos ouvir e ler mais sobre este mistério da Assunção de Maria, o qual nos diz respeito tão diretamente. Por quê se chegou a difundir-se a crença no mito pagão da re-encarnação entre nós? Se pensamos bem, estas idéias estranhas à nossa fé cristão vieram metendo-se na medida em que deixamos de pensar, de predicar e de recordar aos mistérios, que como o da Assunção, têm a ver com a outra vida, com a escatologia, com as realidades últimas do ser humano.
O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terrra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que façamos a Vontade de Deus, nos renova a esperança em nossa futura imortalidade e felicidade perfeita para sempre.

Papa anuncia que irá proclamar novo doutor da Igreja


Durante a Missa para os seminaristas, na manhã deste sábado, 20, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madri, na Espanha, o Papa Bento XVI anunciou que vai declarar São João de Ávila como novo Doutor da Igreja.

“Com grande alegria, no marco da santa igreja Catedral de Santa Maria a Real da Almudena, quero anunciar agora ao povo de Deus que, acolhendo os pedidos do Senhor Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, o Eminentíssimo Cardeal Antônio Maria Rouco Varela, Arcebispo de Madri, dos outros Irmãos no Episcopado da Espanha, bem como de um grande número de Arcebispos e Bispos de outras partes do mundo, e de muitos fiéis, declararei, proximamente, São João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja”, disse o Papa.

Ao divulgar esta notícia, o Pontífice expressou seu desejo de colocar as palavras e a vida desde santo como exemplo para os seminaristas ali presentes.

“Convido todos a dirigirem o olhar para ele, e confio à sua intercessão os Bispos da Espanha e de todo o mundo, bem como os presbíteros e seminaristas para que, perseverando na mesma fé que ele ensinou, possam modelar seu coração conforme os sentimentos de Jesus Cristo, o Bom Pastor, a quem seja dada toda glória e honra por todos os séculos dos séculos”, destacou Bento XVI.


Quem são os doutores da Igreja?

A Igreja Católica atribui oficialmente o título de doutor da Igreja àquelas pessoas que têm uma autoridade teológica e doutrinal, em razão da certeza de seu pensamento, a santidade de suas vidas e a relevância de suas obras.

Atualmente existem 33, dos quais 3 são mulheres. A última a ser declarada doutora da Igreja foi Santa Teresinha de Lisieux em 19 de outubro de 1997.


São João de Ávila


João de Ávila, nasceu em Almodóvar del Campo, em Castilla Nueva. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Alcalá. É considerado como um dos mais influentes Santos da Espanha do século XVI. Foi amigo de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (jesuítas) e conselheiro espiritual da Santa Teresa, se atribui a ele também a conversão de São Francisco de Borja e São João de Deus.

Ordenado sacerdote mostrou tal eloquência, que o Arcebispo de Sevilha pediu que se dedicasse à evangelização em seu país. Trabalhou durante 9 anos nas missões de Andaluzia.

Dedicou-se a pregar o Evangelho em todas as regiões da Espanha, principalmente nas cidades. Os mais famosos de seu escritos são suas cartas e o tratado: “Audi Filia”.

Foi beatificado em 1894 e canonizado pelo Papa Paulo VI em 31 de maio de 1970. Sua festa se celebra no dia 10 de maio.

Fonte: Nicole Melhado - Canção Nova Notícias
Da Redação, com Rádio Vaticano

 

domingo, 21 de agosto de 2011

Rio de Janeiro será a próxima sede da JMJ, anuncia Bento XVI

Domingo, 21 de agosto de 2011, 06h38

 Rio de Janeiro será a sede da Jornada Mundial da Juventude 2013! O anúncio oficial foi feito pelo Papa Bento XVI, ao fim da Missa de encerramento da JMJ Madri, neste domingo, 21.

A data prevista para o evento é de 23 a 28 de julho de 2013 e a expectativa é reunir mais de dois milhões de jovens peregrinos.

"Este é o maior evento da Igreja. Juntando o número de pessoas de uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, não dá a metade do que se dá numa Jornada Mundial da Juventude”, destaca o assessor da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio Costa Ribeiro.
Para os jovens da América Latina será mais barato vir ao Brasil do que ir para uma JMJ na Europa, por isso, o vice-coordenador geral da JMJ Rio, Dom Antônio Augusto, espera que o público seja ainda maior que o da JMJ Madri.

Segundo Dom Antônio, a escolha do Papa pelo Brasil tem muito a ver com a esperança que o Santo Padre tem pela América Latina. “É uma demostração viva de como a Igreja se apoia muito nos países latino-americanos onde o carisma e a fé do povo católico são muito fortes”, destaca.

Hoje, a fé da América Latina é um exemplo para os outros países da Europa que precisam de uma nova evangelização. Para o cantor e missionário da Comunidade Canção Nova, Dunga, a JMJ Brasil trará um "novo impulso para a evangelização dos jovens", primeiramente se expandindo para todo continente e, depois, atingindo todo mundo.

"Será uma oportunidade para todas as dioceses de nosso país, junto com seus bispos, sacerdotes e leigos, vivam uma profunda comunhão, demostrando que a Igreja é uma grande família", destaca Dom Antônio.

Segundo ele, a escolha não foi só pelo Rio de Janeiro, mas pelo Brasil, e  será um sinal de unidade e amor diante de tantas tragédias que o mundo está vivendo.

“O Brasil mostrará que a Igreja é um só coração e uma só alma, exemplo de unidade, comunhão para esta sociedade que tanto sofre com divisões, fragmentação de valores e desigualdade social. Que o Brasil possa demostrar pra todo mundo que a fé une os corações”, enfatiza.


Programação

Na programação oficial da JMJ Rio já estão confirmadas as catequeses, a Via Sacra, a Vigília e a Missa com o Papa, eventos já tradicionais em todas as edições da JMJ.

“Fora da estrutura oficial do evento, não temos nada planejado ainda. Mas o Brasil certamente tem muito a oferecer aos jovens”, conta o  vice-coordenador.

Para o missionário Dunga, as apresentações das bandas brasileiras na JMJ Madri foram um aperitivo do que acontecerá na JMJ Rio.


Custos da JMJ Rio

Organizar uma JMJ realmente é algo que acarreta muitas responsabilidades, preocupações e empenhos, salienta Dom Antônio. A arquidiocese do Rio e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estarão a frente desta organização que tem como coordenador-geral Dom Orani  João Tempesta, Arcebispo do Rio.

“A maioria dos recursos procederão das inscrições que começarão no final de 2012. Mas antes do inicio das inscrições precisamos de recursos para as primeiras despesas como a divulgação”, explica  o vice-coordenador.

Além das inscrições dos jovens, a Igreja espera contar com recursos vindos de patrocinadores. Já os suportes na segurança e no transporte serão concedidos pela prefeitura do Rio de Janeiro, como é natural em qualquer evento.

“Esperamos que escolas, paróquias e as famílias abram suas casas para acolher esses jovens”, destaca Arcebispo Emérito do Rio.


Expectativas

Desde 2007, quando o Brasil se colocou oficialmente como candidato para sede de uma JMJ que as expectativas eram grandes. Em 2010, a Arquidiocese do Rio de Janeiro, durante a Jornada Arquidiocesana da Juventude, exibiu um vídeo expressando o entusiamo da arquidiocese para que a capital carioca  fosse escolhida como sede da próxima JMJ.

Fonte: Canção Nova Notícias

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Somos os reconstrutores de nossas casas


Não podemos ignorar a guerra que vivemos. O inimigo de Deus tem sido agressivo; seu objetivo é arrancar-nos das mãos do Senhor. Para isso, o maligno tem utilizado meios desleais e entrado em nossas casas para roubar nossos filhos. A violência é uma das grandes consequências disso.

A violência que existe no mundo não é apenas externa, com crimes e mortes: a violência está em nossos lares. O inimigo está atacando com tudo, como os soldados de Herodes, no tempo de Jesus, entravam nas casas e matavam crianças com menos de 2 anos, arrancando-as dos braços de suas mães. É dessa violência de que estamos falando. Trata-se de matança de inocentes. Nossos filhos têm sido raptados de nós e exterminados em nossa frente... e não sabemos o que fazer.

Certa vez, construímos uma parede que iria servir de arrimo, reforçando-a com bastante cimento e ferragens. Um dia, terminado o horário de serviço, os pedreiros foram embora, e vieram as crianças!... Fizeram tanta bagunça que, por pouco, não puseram o muro abaixo! Quase perdemos um dia inteiro de serviço. É essa brincadeira que o mundo está fazendo conosco! Você constrói a vida inteira, com lágrimas, com suor e dor; constrói um casamento, uma família, um lar e, de repente, vem o mundo e, na brincadeira, põe tudo a perder.

É um mundo terrivelmente agressivo! Por isso, não podemos usar um método qualquer para resgatar os nossos. Então, o que fazer?

Pais e mães, filhos e filhas, esta deve ser nossa posição: é urgente defender nosso lar. Diante da violência de que somos vítimas, assumimos o que o Senhor nos diz:“Não pelo poder, nem pela força, mas por meu Espírito, é que se fará esta obra”. A reconstrução da sua família vai se fazer pelo Espírito Santo de Deus, eu diria até: vai se fazer pela violência do Espírito.

Somos os reconstrutores de nossas casas; trabalhando com ferramentas numa das mãos e com armas na outra, porque o inimigo de Deus está constantemente tentando destruir o que ainda está em construção. Até hoje tentamos reconstruir, o maligno vem e destrói. Não podemos permitir isso! É preciso estar constantemente construindo com ferramentas e defendendo com armas, armas espirituais!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Divina Providência - Considerai como crescem os lírios" demonsenhor Jonas Abib)

Catequese de Bento XVI sobre meditação


Quarta-feira, 17 de agosto de 2011, 10h57

Meditação é algo essencial para vida espiritual, aconselha o Papa

Nicole Melhado
Da Redação


Meditar é “criar em nós uma situação de acolhimento, de silêncio interior, para refletir, assimilar os mistérios da nossa fé e aquilo que Deus opera em nós”, disse o Papa Bento XVIna Catequese desta quarta-feira, 17, realizada em Castel Gandolfo. 

Recordando ainda a Festa da Assunção de Maria, celebrada na segunda-feira, 15, o Papa exortou aos fiéis a seguir o exemplo de Maria encontrando um espaço, mesmo em meio a tantas atividades e empenhos, para a oração e meditação. 

“O evangelista Lucas repete diversas vezes que Maria ‘conservava todas aquelas palavras, meditando-as no seu coração’ (2,19; cfr 2,51b). Vale não esquecer que ela é atenta a tudo aquilo que o Senhor lhe disse e fez, e meditava, isto é, aprofundando-as em seu coração”, destaca o Santo Padre.

Seguindo o exemplo de Maria, todos os cristãos devem acreditar, confiar e entrar na vontade de Deus: “esse é o caminho essencial”, enfatizou Bento XVI. 

Atualmente, as pessoas são absorvidas por tantas atividades e empenhos, preocupações e problemas. Normalmente essas coisas ocupam todo o espaço do dia e muitos dizem que não sobra um momento para parar e refletir e nutrir a vida espiritual. 

Mas o Papa salienta que a Virgem Maria “nos ensina o quanto é necessário encontrar em nossas jornadas, com todas as atividades, momentos para nos recolhermos em silêncio e meditar sobre quanto o Senhor nos quer ensinar, sobre como está presente e age o mundo e nossa vida: ser capaz de parar um momento e meditar”. 

Santo Agostinho - recorda o Pontífice - compara a meditação dos mistérios de Deus com a assimilação dos alimentos e usa o verbo “ruminar” para definir a maneira a qual deve ser feita essa associação dos mistérios de Deus, isto é, “fazer isso continuamente, ressoar em nós mesmos, guiando nossa vida, nutrindo-nos com o alimento necessário para nos sustentar”.

É possível fazer essa “ruminação” de vários modos - explica Bento XVI - fazendo, por exemplo, uma breve leitura da Sagrada Escritura ou mesmo lendo uma página de um autor de espiritualidade a qual se identifica e tem mais presente as realidades de Deus na atualidade e também “nos reconciliando com um confessor ou diretor espiritual , lendo e refletindo sobre isso, apoiando nisso, buscando compreender, entender o que isso me diz, o que diz hoje, abrindo nossa alma àquilo que o Senhor quer nos dizer e nos ensinar”.

O Pontífice salienta também que o Santo Rosário é uma oração de meditação, pois, repetindo o ‘Ave Maria’ “somos convidados a repensar e refletir sobre o Mistério que proclamamos”.  

“Mas podemos nos concentrar mesmo sobre qualquer intensa experiência espiritual, sobre palavras que nos fizeram impressão durante comunhão da Eucaristia dominical. Assim, vocês podem ver que existem muitas maneiras de meditar e, assim, de estar em contato com Deus e aproximar-se de Deus, e, deste modo, estar no caminho em direção ao Paraíso”, destacou o Santo Padre.

Fazer da meditação um hábito constante, dar esse tempo a Deus, é um elemento fundamental para o crescimento espiritual, assim, elucida o Papa, é o Senhor próprio que doa o gosto de Seus mistérios, Suas palavras, Sua presença e ação.

“É lindo quando Deus fala conosco; isso nos fará compreender de modo mais profundo o que Ele quer de nós, de mim. Por fim, é justamente este o objetivo da meditação: nos colocar sempre mais nas mãos de Deus, com confiança e amor, certos que somente no fazer a Sua vontade seremos, por fim, realmente felizes”, concluiu Bento XVI.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Papa fala sobre o dogma da Assunção de Maria

Este é um dia para admirar e louvar pelas grande coisas que o Onipotente por meio da Virgem Maria e pelas coisas que Ele operou nela, disse o Papa Bento XVI na solenidade de Assunção de Maria, celebrada nesta segunda-feira, 15.

Durante a homilia da Santa Missa realizada nesta manhã na paróquia pontifícia “Santo Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, o Papa destacou que Maria indica “um caminho e uma meta que podem e devem se tornar, de qualquer modo, o nosso mesmo caminho e a nossa mesma meta”. 



Guiado pela Liturgia do dia, o pontífice indica que a arca descrita no Antigo Testamento, se torna “arca viva” no Novo Testamento.

“Qual o significado da arca? O nos que parece? Para o Antigo Testamento, esse é o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo. Mas, agora, o símbolo deu lugar a realidade. Assim, o Novo Testamento nos diz que a verdadeira arca da aliança é uma pessoa vida e concreta: é a Virgem Maria”, elucida o Papa.

O Santo Padre ressalta que Deus não vive num objeto, Deus habita numa pessoa, num coração: Maria, naquela que carregou em seu colo o Filho eterno de Deus feito homem, Jesus nosso Senhor e Salvador.

“Maria é a arca da aliança, porque acolheu em si Jesus; colheu em si a Palavra vivente, todo o conteúdo da vontade de Deus, da verdade de Deus; acolheu em si Aquele que é a nova e eterna aliança, culminando com a oferta do seu corpo e do seu sangue: corpo e sangue recebidos de Maria”, enfatiza.


Maria no Apocalipse

No Livro do Apocalipse, é indicado um outro aspecto importante da realidade de Maria. Nele, ela, arca vivente da aliança, tem um destino de glória extraordinária, pois está estreitamente unida ao Filho, aquele no qual ela acolheu na fé e gerou na carne, sendo ela capaz de compartilhar integralmente a glória do céu.

“Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida... atormentada para dar à luz. Ela deu à luz um filho, um varão, que Irá reger todas as nações...” (Ap 12,1-2; 5). 

Hoje, a Igreja canta o amor imenso de Deus por esta sua criatura: “a escolhida como verdadeira 'arca da aliança', como aquela que continua a gerar e a doar Cristo Salvador à humanidade, como aquela que no céu divide a plenitude da glória e goza da mesma felicidade de Deus”, explica o Papa.


Maria visita Isabel
Já no Evangelho de Lucas é descrita a visita de Maria a Isabel. Maria deixa sua casa em Nazaré e parte para chegar “logo” à cidade de Judá. Esse “logo” mostra a rapidez na qual Maria se coloca para fazer a vontade de Deus.

“As coisas de Deus merecem rapidez, na verdade, as únicas coisas no mundo que merecem rapidez são justamente aquelas de Deus, que têm uma verdadeira urgência para nossa vida”, salienta Bento XVI.

Zacarias, Isabel e o pequeno João Batista representam todos os justos de Israel, no qual os corações, ricos de esperança, atendem a vinda do Messias salvador, explica o Papa. “É o Espírito Santo que abre os olhos de Isabel e a faz reconhecer em Maria a verdadeira arca da aliança, a Mãe de Deus, que vem para visitá-la”.

“Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? (Lc 1,42-43). É assim que Isabel recebe Maria, e é o Espírito Santo que abre o coração de João Batista no ventre de Isabel.

“Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre” (Lc 1,44). 

No seio da mãe, João Batista dança como o Rei Davi no Antigo Testamento diante da arca da aliança. João Batista reconhecesse Maria como a nova arca da aliança, “diante da qual o coração exulta de alegria, a Mãe de Deus presente no mundo, que não tem para si a divina presença, mas a oferece, dividindo a graça de Deus”.


Destinados ao amor de Deus 


O Papa destaca que “também nós somos destinados a esse imenso amor que Deus reservou” e é Maria quem indica, com luminosa clareza, o caminho em direção a verdadeira Casa, aquela na qual é possível viver a comunhão da glória e da paz com Deus.




Segunda-feira, 15 de agosto de 2011, 11h40
Nicole Melhado
Da Redação Canção Nova Notícias


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Convite do Papa para este tempo: entrar na escola da oração


Quinta-feira, 11 de agosto de 2011, 16h37

Mirticeli Medeiros
Da Redação

Você já parou para observar que as catequeses do Papa geralmente se organizam em ciclos? O conjunto de discursos proferidos nas chamadas audiências gerais das quartas feiras, muitas vezes é até publicado pela Editora Vaticana. Seguir com total atenção aquilo que o Papa diz a cada quarta-feira é indispensável para o cristão que quer acompanhar o pensamento da Igreja, o qual se atualiza a cada semana através das palavras do Sucessor de Pedro, que nos tempos atuais é o Papa Bento XVI. 
A cada quarta-feira, o Papa faz uma reflexão sobre questões que merecem a nossa atenção enquanto cristãos e agentes da sociedade. Nas audiências gerais, o Santo Padre literalmente fala para o mundo que, no Vaticano, é representado por milhares de caravanas de peregrinos de várias nacionalidades, a cada semana.
Desde o ultimo dia 4 de maio, o Papa iniciou um novo ciclo de catequeses sobre a oração, depois de ter concluído os ciclos sobre os Padres da Igreja, os grandes teólogos da Idade Média e as grandes mulheres.
“Com os primeiros discípulos, com confiança humilde, dirijamo-nos então ao Mestre e peçamos-lhe: 'Senhor, ensina-nos a rezar'. Estas foram as primeiras palavras que Bento XVI proferiu ao iniciar o ciclo de catequeses sobre a oração. No caso deste primeiro discurso, realizado no dia 4 de maio, o santo padre fez uma introdução sobre o valor da oração e explicou o quanto na história da humanidade, o homem sentiu e sente a necessidade profunda de um contato com algo que o transcende.
“O homem de todos os tempos reza porque não consegue deixar de se interrogar sobre o sentido da sua existência”, explicou o Papa.
A oração na vida de todos 
O santo padre tem afirmado com todas as letras que a oração não está ligada a um contexto particular, mas encontra-se inscrita no coração de cada pessoa. De modo pedagógico, Bento XVI, o grande teólogo e professor, tem trazido uma enorme contribuição para a Igreja Universal, demonstrando que rezar é questão de vida ou de morte, como ele mesmo afirmou.
“O Papa disse no inicio das catequeses que a oração não deve deixar de ser considerada. Neste ciclo, se redescobre a beleza de um Papa teólogo que narra como, no fundo, toda a teologia é oração”, diz Andrea Gagliarducci, vaticanista do jornal italiano “Il Tempo” e responsável pelo site www.mondayvatican.com. 
O vaticanista também explicou que o Papa não somente introduz a todos nesta “escola de oração”, mas traz orientações precisas para o cristão sobre a melhor forma de rezar.
“Sem a oração, se perde o contato com a fé. O Papa deixa para todos nós um modo de rezar, nos dá um exemplo e seu exemplo é o da reflexão sobre as escrituras e os padres da Igreja”, afirmou Andrea Gagliarducci.
Sequência de catequeses sobre a oração 
Nas duas primeiras catequeses, como vimos, o papa explicou o que é a oração. Nas que se sucederam, mais precisamente, quatro delas, Bento XVI trouxe a experiência vivida pelos patriarcas e profetas do antigo testamento no tocante à oração.
Nas duas últimas, o papa conduziu-nos à experiência de oração que se dá através da palavra de Deus. No dia 22 de junho, ele refletiu sobre os salmos, no dia 3 de agosto, sobre o contato com a palavra de Deus também nos tempos livres e de descanso e na última quarta-feira,10, sobre o silêncio da oração.
O ciclo de catequeses sobre a oração já cumpriu até aqui, um itinerário muito rico. Um caminho espiritual que tem nos levado a refletir sobre a importância da oração em nossa vida. Muitos talvez tenham perdido a oportunidade de acompanhar alguns destes discursos até o momento, mas talvez o que foi explicado acima tenha instigado a curiosidade daqueles que querem de fato ouvir o que a Igreja está dizendo sobre as questões fundamentais. Este ciclo, com base naqueles anteriores, talvez já esteja terminando, mas nunca é tarde para “embarcar” em um novo ciclo de catequeses que, em cada período, demonstra que as palavras “bem ditas e benditas” podem levar o ser humano a experiências inesquecíveis.
“Na oração, em cada época a história, o homem considera-se a si mesmo e a sua situação diante de Deus, a partir de Deus e em vista de Deus, e experimenta que é criatura carente de ajuda, incapaz de alcançar sozinho o cumprimento da própria existência e da própria esperança” (catequese do dia 11 de maio de 2011)